Rio Refugia: confira a última edição e a importância de celebrar o Dia Mundial do Refugiado

01.07.2025

No dia 20 de junho, o mundo volta seus olhos para uma das questões humanitárias mais urgentes e contínuas do nosso tempo: o deslocamento forçado de milhões de pessoas. Essa data marca o Dia Mundial do Refugiado, criado para reconhecer a força, a coragem e a resiliência de quem foi obrigado a deixar tudo para trás em busca de proteção. 

Refletir sobre refúgio e migração vai muito além da solidariedade, trata-se de um compromisso com os direitos humanos, com a inclusão e com a construção de sociedades mais justas. 

O que é o Dia Mundial do Refugiado?

O Dia Mundial do Refugiado foi estabelecido pela ONU em 2001, em comemoração ao 50º aniversário da Convenção de 1951 sobre o Estatuto dos Refugiados. Desde então, a data tem sido uma oportunidade para conscientizar, lembrar e cobrar a comunidade internacional e governos de todo o mundo sobre os desafios enfrentados por pessoas que foram forçadas a sair de seus países de origem devido à guerras, perseguições ou violações generalizadas de direitos.

Se você já se perguntou “qual é o Dia Mundial do Refugiado?” ou “quando surgiu o Dia Mundial do Imigrante e do Refugiado?”, saiba que além do 20 de junho, outras datas internacionais também marcam a luta por reconhecimento e acolhimento, como o Dia Internacional do Migrante, celebrado em 18 de dezembro. Juntas, essas datas ajudam a construir uma narrativa de respeito à diversidade, tolerância e empatia.

Rio Refugia e a importância de celebrar a cultura de migrantes

O Dia Mundial do Refugiado é uma data que promove, além da reflexão, a chamada para tomar ações e celebrar a resistência e a cultura de pessoas em refúgio ao redor do mundo. Por isso, foi criado o Rio Refugia, o maior evento focado na memória da pauta do refúgio no Brasil.

Realizado anualmente no Sesc Tijuca, próximo à data do Dia Mundial do Refugiado, o evento reúne boa música, gastronomia, serviços e oficinas culturais que trazem visibilidade aos talentos, saberes e fazeres de pessoas em refúgio e migração e promovem a troca de conhecimento e a sensibilidade ao tema para os visitantes. 

Além da sua presença habitual como coorganizadora do evento, este ano a Abraço Cultural estreou sua nova oficina “Pintando o Sul global”, onde visitantes puderam escolher símbolos do Sul global para conhecer, pintar e levar suas releituras dos símbolos personalizadas como lembrança do evento em delicadas flâmulas. 

Refúgio e migração: entender para acolher

Falar sobre refúgio e migração é essencial para combater estereótipos e promover a inclusão. Um refugiado é uma pessoa que, segundo a definição da ONU, foi forçada a deixar seu país por conta de perseguições relacionadas à raça, religião, nacionalidade, opinião política ou pertencimento a determinado grupo social. Já os migrantes podem se deslocar por diversas razões, incluindo oportunidades econômicas, educação ou mudança climática.

Ambas as realidades têm implicações sociais, culturais e políticas importantes. Segundo o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), mais de 110 milhões de pessoas estavam deslocadas no mundo até o fim de 2023, um número que tende a crescer com os conflitos em curso, como os que afetam a Ucrânia, Palestina, Irã e Sudão.

A inclusão social de refugiados não é apenas uma questão de assistência humanitária. Ela fortalece o tecido social como um todo. Quando pessoas em situação de refúgio têm acesso à educação, ao trabalho formal e à cidadania, elas deixam de ser vistas como “vítimas” e passam a ser reconhecidas como agentes de transformação, somando com a sua nova comunidade local.

Projetos de empreendedorismo, arte e educação, como os promovidos por organizações da sociedade civil, mostram que a pluralidade é uma aliada da inovação e do crescimento social. Integrar é muito mais do que acolher, é abrir espaço para a escuta e para a co-construção de novos futuros.

O que podemos fazer no Dia Mundial do Refugiado?

Todos nós temos um papel a desempenhar nesta data. Aqui vão algumas formas de contribuir:

  • Educar-se: entender o que significa ser refugiado, as causas dos deslocamentos e os direitos dessas pessoas.
  • Divulgar informações confiáveis: combater fake news e discursos xenofóbicos.
  • Apoiar organizações como a Abraço Cultural: seja contratando serviços, participando de eventos ou contribuindo financeiramente.
  • Ouvir histórias de refugiados: humanizar o debate é essencial para gerar empatia e transformação.

Abraço Cultural: acolhimento através da educação

A Abraço Cultural nasceu justamente com o objetivo de transformar realidades através da troca de saberes. A partir de cursos de idiomas e experiências culturais ministradas por pessoas refugiadas e migrantes, o projeto oferece oportunidades de renda, visibilidade e pertencimento para quem busca recomeçar no Brasil.

Essa iniciativa reforça que o Dia Mundial do Refugiado também deve ser um lembrete de que as fronteiras não devem ser barreiras, mas sim pontes para encontros significativos. A missão da Abraço Cultural é um exemplo vivo de como é possível incluir e empoderar por meio da valorização da diversidade cultural.


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